dimanche, décembre 27, 2009

é incoerente pois se começa tentando alcançar um ser - que não, não é perfeito, mas é pleno -, que tem como uma das principais características o "não ligar", observando ao redor para tentar ganhar a corrida apontando os defeitos do restante dos competidores. agimos de má fé tentando vencer; estamos tão despreparados.
ser de pequena estatura não ajuda num momento ínfimo no qual pensa-se em desaparecer para não ser aquilo que se é. há uma falta não momentânea, aquela eterna, de léxico d'alma. o ser que aceita pedaços de si some. sobra alguém que quer se esconder em outro. quer transformar-se em metade imperfeita temendo ferir o rosto com os raios da vida. viver como si dói, mas ter de voltar a ser como era ouvindo risadas de pouca esperança do pública que assiste crítico ao seu espetáculo, é ainda pior. acredite.

samedi, décembre 12, 2009

Agora. Numa nova era.

Estou apaixonada pelo jovem doce dos meus sonhos. Isso não tinha acontecido. Foi um sonho longo. Ele me roubava da realidade nova, mas morna. Não era ele, nem era ele, nem ele; era novo. Fugia comigo. Me levava perto mas me transportava para longe.
Lá a minha passividade odiada combinava com o espírito elegante do sorriso calmo dele. Subiam arrepios de cima a baixo como uma mão leve passando por entre meus braços. Não havia a questão sexual. Era um amor muito puro, muito jovem, desejava, mas não mexia. Pra não incomodar. Ele só olhava.
Mas fui capaz de senti-lo todo em um segundo. Ele me amava e aquilo era tão bonito. Naquele segundo eu amei-o então. Era novo. Não era ele, nem era ele, nem ele; era novo. Eu não queria acordar. Não queria voltar pra realidade.
Acordei e então fui recompondo-me. Tentava. Eu li um bilhete de fracas palavras, porém sinceras, daquele que era um pedaço de mim. Tentei, comunicação, pensamentos... Tentei. Mas não dava porque não havia mais conexão naquele sentido. Era só carinho intenso. Eu ainda amava aquele dos meus sonhos.
E o meu¿ Racionalizei. Comuniquei. Não fluiu. Fracamente eu era dele. Francamente.
Estou apaixonada por um pensamento. Por uma invenção. Mas o que seria o amor senão uma invenção? Sou uma garota interrompida.

Carrego comigo desastres que ainda desconheço.

lundi, novembre 16, 2009

razão X coração

A inspiração opressada foi nascendo pelas metades. E como não faço por metades, esperei vir outra maré; dessa vez nova e ainda não desvendada. Tentei mudar no lógico, sem inspiração: o racional. Pensamentos sóbrios.
Sempre me foi dificuldade descontruir moldes sociais, já que, "avançando" a um primitivismo neutro, possível para o estudo, tem-se às mãos algo muito pouco palpável. É uma sociedade pura, mas também nua aos olhos meus. Um aquário límpido, porém sem peixes. Dessa maneira... não há interesse.
Talvez o excesso do oposto do que falo, talvez a mágica da falta, que está é mais bonita... Porém afasta-se também do belo, aquele do roxo mantém distância. Mas o ama tanto. Perde-se o momento, presente, passado. Sempre preferi os pássaros que voavam, passeando pelo belo, e, de maneira esta ou outra, acabavam por arrepender. Não. Somente pensamentos. Vãos. Reflexões que me matavam, ensanguentando por dentro. A alma fria, ao tentar racionalidade, sucumbia territórias de uma intensidade fraca que muito antes se despediu. Era batalha árdua de um determinado que, ora pobre, nas coxias esforçava-se por algo que, em uma fração de segundos, simplesmente escapava-lhes as mãos. Acabava por arrepender. Não. Somente pensamentos. Ciclo infindável a altamente destrutivo.
Quis crescer, mas não houve impulso. Tornei-me. Mas depois, como era costumeiro, rendi-me à limitação. Fiz-me minha, quase minha, quase alcancei o apse de minha aceitação ignorante. Foi quando a mágica chegou e, como sempre duvidamos de nossa capacidade de regressão, estava lá de novo a perder-me nos caminhos a seguir...

jeudi, novembre 05, 2009

Ando meio ligado, mas nunca senti meus pés no chão.
Sempre voei nas metades, mesmo na tristeza - essa era a que me fazia alçar os voos mais altos. Eu viajava em meus pensamentos. Saía de um plano buscando apoio em outro e encapando meus medos para que estes não se espalhassem com o vento, e ainda fosse possível a mim estudá-los.
A crítica de si fere, pois quase nunca se é honesto consigo mesmo, fecham-se olhos, nucas e cucas. O céu fica, então, limitado por sua própria infidelidade. Mas nem sempre se é infiel ao espírito. No caso de um esquecimento proposital, de uma alienação consedida ao corpo. Armados, os poros seguram uma informação que conta ponto contra. A força da maturidade chega e, na luta com a alma, ainda não curada da dor, fracassa o poro. A informação passa adiante, foge batida, embora sem que ao menos seja descoberta, investigada. Pudera. Mecher na ferida dói. Na alma não há força pra voltar.
Ando tão down.

lundi, novembre 02, 2009

farsa absolutista

Deus é uma coisa muito discutível. É engraçado pensar em como as coisas funcionam numa sociedade de inércia. Ao tempo em que se formavam - segundo seres pensantes que iam contra as conjunturas, questionando a existência de um deus - constituições limitadoras que cegavam a fraqueza de grande parte da população, formava-se também, em um processo nada condizente, um grupo ateu que vestia camisa preta contra deus. Vamos considerar então que ateus estão por aí, indagando-se solitariamente, sem encontros semanais para a discussão de um ideal único. Tão somente não são liberais. Para uma questão subjetiva, cálculos matemáticas só reforçam o não entendimento das sensações propiciadas pela fé de alguns. Talvez poucos, mas ainda alguns.

O ponto é só um: ser ateu também tornou-se símbolo de status. Se para alguns muitos, guiados por uma sociedade que pede por comportamentos impossíveis de serem seguidos, o cristianismo é símbolo de uma submissão correta àquilo que é dito justo e perfeito; para alguns poucos – mas que vêm crescendo em número – ser ateu é ser pensante, duvidar da existência de um espírito sobrenatural é sinônimo de sapiência, afinal, “se submeter a algo tão pouco palpável é ignorância”. Criou-se, em volta do ateísmo, groupies de rebelião isentos de qualquer argumento possível. 90% dos vencedores do Nobel eram ateus, igrejas roubando dinheiro dos fieis, alienação da população, etc etc. Não é nisso que se baseia o real ateísmo. A fé é uma dádiva, já diria o poeta Chico “se você crê em Deus, erga as mãos para o céu e agradeça...”; é para poucos. Deus conforta sim a quem foi escolhido pela fé; é algo que pode trazer muito bem para eles. Para os demais, arrumem-se de outra forma. Que seja através do ateísmo, mas do seu. Se for pregar liberdade individual, criação de ideais próprios; se for pregar consolidação racional de pensamentos, os faça por inteiro. Ciente somente de que nada é absoluto. Nem a existência de deus.

jeudi, octobre 29, 2009

o meu tempo

Eu sou alguém que conto o tempo em segundos, porque tudo que acontece de mais belo na vida ocorre em um segundo. Um sorriso, um olhar, um cheiro. Uma dúvida, uma mudança, uma surpresa. Um amor, um alívio, o despertar...

Esse é o meu tempo.

samedi, octobre 17, 2009

Mensagens não subliminares passadas. São uma porção do infinito tracejado. O pensamento aquém do possível. As impossibilidades do tráfego. O trânsito de si fora induzido por esquemas rimáticos pouco entendíveis, por olhares pouco palpáveis, por conversas furadas de meia idéia. Unhas descascadas são fugas da angústia, consequenciam os meios extremos. Os fracionados quase inteiros da vida de uma menina em desequilíbrio. Ela sentiu algo forte no peito, seu coração parecia ter vida própria. Vulcão eruptivo, tal qual queria. Esse brilho a cegava os olhos, amarrava o estômago e imobilizava o cérebro. Quando voltara do passeio noturno, abrira o livro e a nostalgia enebriava as porções sãs de faltas....
As ausências tomaram conta de um coração que fora por vezes de papel, agora o vento quase não leva. Ela se esquecera de sonhar em grupo, ela sozinhava por pensamentos fúnebres. Arcaicos. Quais de nós trazíamos a eternidade? "caso aquilo se transpusesse em minhas memórias, havia apenas a espera -" pensava Carla, sorridente em suas perdas. Ela sentia-se agora aliviada, pois aquela intensidade absorvia muito de sua natureza. Eram matos e mais matos de plantação campestre, umidecida pela chuva constante. A chuva grossa que matava a cada dia. A grama já não aguentava mais sugar, transbordava em lágrimas.
Mas ela preferia estar só. Assim julgava sobriamente um mundo estranho que vinha habitualmente numa limpeza errônea.

dimanche, septembre 20, 2009

o que fazer nessas horas de rima insana?

As atitudes loUcalizaram aquele viés pouco certo da menina-mulher. Agora já não se esperava mais na madrugada. Ela capturava de volta em claros diálogos aquela perna de apoio que mal acostumava, porém que ainda representa perfeição... Metricamente produzida para o ser de sonhos que não encontrava alguém que nascera para seus ideais raros. Eram ilusões, eram despensamentos, atitudes insanas e talvez até inconseqüentes. Era pura vontade. Com ele, ela estava sendo pela segunda vez.
Surgira da onde tanta confiança?, se perguntava a menina na madrugada fria de ventos falsos que durou pouco. Ela nem estava pagando para ver, ela fazia e se confortava. Não era um erro, não haveria de ser tão cruel com si própria. Aquilo era viver. Estar propenso a ferir, decepcionar, abrir mão de um ou outros. Ela preferiu abrir suas mãos para ele. Ele era puro e inteligente. Era frio e malicioso. Era diferente e somava.
Isso era somente o que importava. Perna que soma não é encosto. Perna que soma ajuda e protege. Tudo vai na mágica da espera de uma vida nova em um outro lugar. É uma espera nova. Dessa vez mais gostosa, mais correta, mais possível, pensa a menina. O que fazer se a certeza é algo desconhecido? Nessa hora, apenas vive-se.

vendredi, septembre 18, 2009

a gente corre pra se esconder e se amar, se amar até o fim..................

mardi, septembre 15, 2009

agora.... nunca....

Era uma projeção fantasmagórica de uma mente absurdamente fértil. Sinais de dor epiderme incitam então um questionamento pessoal na jovem naquela noite. Ela estava suscetível. Seria aquela perda de horas, aquela mentira não sincera - seria aquele desgaste físico-emocional, amor? Não andaria a jovem à frente de seu tempo, mais uma vez? Protegida agora por chinelos nos pés, roupas de lã, remédios anti depressivos que tapavam buracos gigantes. Eles terminavam com a fome de amor em três quartos de horas. Era tudo violento, débil e tranqüilizador. A maneira como se vira os civilistas a ajudava a refletir um equilíbrio entre as molduras das paredes onde a impuseram, e as hastes de sonhos surreais que provavelmente não eram alcançáveis a mão nua. Esperar-se-ia uma lentidão ríspida de três milésimos de sussurros por aquilo que trazia má indigestão? Não era uma Woodstock lenta e deliciosa. Viver aquela realidade mágica não estava nem ao menos saciando os que buscavam os beatnicks por admiração visual. Aquela humana limpa corria riscos por sabe-se lá o que...
, sentimento forte sem nome costumeiramente chamamos de paixão. Mas era tão insano o viés heterossexual e rude com que ele tratava suas errôneas reflexões assustadoras. Ela era quase livre por ele e com ele. Ao acaso palpável, ele era postura curva e liberdade de si, de só, de mundo. E insistia prender, prender, prender, sugar. Sugava as forças de uma criança que almejava somente conforto.
Qual das idôneas sensações similares as que ele buscava agora eram? Ela não fazia por entender, doía-lhe a cabeça, fechavam-se pálpebras puras e a espera matava. Seu amor havia morrido assim. Ela sabia que isso ainda a estrangularia abaixo das veias. Aquele era o último. Ela dormiria. Tentaria morna sumir até dois sussurros.
- TENTATIVAS VÃS. Mas ela prometera. Exceções. Dói-lhe a cabeça... A mente coça. E o coração palpita. Agora... Nunca....

lundi, septembre 14, 2009

Eu virei genia
Eu virei sim
Eu quero tudo
Menos
A
Mim

...

Ei. Você tirou minha casa, roubou minha cama, comeu meu queijo. Ele tirou minha vida, rasgou minha roupa, me desmoralizou. Ah, menina. Você me vulnerabilizou.

mardi, septembre 08, 2009

epifania

Seu sol bate em minha janela e só assim me lembro de mim. Mas tua luz vem quando quer, e no restante dos dias frios escolho por não acordar. puro egoísmo. alma transformada, feita sua por você, lembra-te daquilo que criaste e hoje mata. Condescência fracionada. Amor pelas metades. Não aceito. não faço meio, não faço média, só o completo. Completamente ferida, mas completamente amando. Se num olhar recado, faço de tua passagem minha visão. De um olhar, imaginação... Sinto almas sofrendo, vejo peles rasgando, percepções aguçadas em uma tela cinza. Vem você, me traz sua cor, cor de mistério, ser inalcançável, facilmente atingido, basta enxergar.

, tento imitar, somar, substitu-ir......; mas não posso senão hão de existir belas paisagens à tua deformidade nua. Sei, ando coberta. mas hei-me ainda de mover o pé na dança. Foste só reação clara, mas agora transformastes em algo que nutre-me. Me nutre de malícia e sentimentos inoperantes. No entanto meus dias deixaram de ser coléricos... E agora sou.

---

Sua alma incomensurável. Pois ela era o Mundo. E no entanto vivia o pouco. Isso constituía uma de suas fontes de humildade e forçada aceitação, e também a enfraquecia de qualquer possibilidade de agir....
"O melhor modo de despistar é dizer a verdade, talvez agora você me desconheça ainda mais."

.....
tem coisas que nos deixam muito sós...
nos fazem lembrar que a gente foi feito pra ser par
que ainda há sede de gente, desejo de amor.
uma casa desarrumada, uma dor de estômago aguda
o pinho sol que tá acabando, o papel toalha que salva vidas
a vida que continua sob um erro seu que perdura,
um vestido lá usado que de mim fora tirado pra que em ti velado
um pano de chão que não há mais.
e a saudade do sorriso confortante dela aqui do lado.

o teu silêncio tá fincando buraco
é fundo no meu coração
a paciencia de quem está no pecado
ausente esperando um sim e não.

samedi, septembre 05, 2009

despeço-me de sua complacência

não sei, não fiz, não acho
não caibo mais aonde sou,
se o seu olhar desaprova
o que quer fazer ou faça
é porque não sei, não fiz, eu acho.
eu acho o mistério silencioso,
que não entra pelas paredes
nem ganha aquilo que corre.
eu vou jantar nela
na mentira que finalizou,
despediu a condescência.
sou aquilo que não cabe
ela que não cabe na fala
acabo e o desprezo vem
se o sentido sem para o vazio não,
ela não entende não
o mistério da minha solidão.

dimanche, août 30, 2009

omissao

, pois`que num rosa mascado ela veio despreparada. Foram doses de realidade sórdida, claramente sã. ela veio então com sua personalidade elástica, adaptável, coração frágil. menina bordada de flor. parte Amélia, Parte desse espaco opaco, foge daquilo que mantém sua imagem destituída. A salvação sim, está por vir valorosa num Sedex falsificado. Me leve, pois, para longe de mim. Faça daquilo que preciso, somente mais um querer. Vontade insatisfatória quando não atendida. Dois pares, uma escolha já feita por voce... Deixe-me com ser dubio mas desejo no infinito. não me importa mais o desafio conflitante, mas a fraca vontade - não minha, apesar de não haver luz na janela --. Aparecimentos débeis e companheiros omissos. MEU companheiro omisso... Minha presença eterna. Posso agora contar apenas com meia percepção insegura. Sábio deturpado, algo improprio na reflexão interior.

Coraçoes trancados a espera da sua palavra. Meu companheiro omisso.


(ai gastura.. faltam muitos acentos nesse computador)

mercredi, août 26, 2009

me quer quando não quero
e quando quero já nem quer
ele devagarosamente acolheu
nos ventos que me faziam voar
tudo aquilo que quer
e eu já nem quero mais

o po que carrego são as cinzas do meu infinito
quero nem imaginar com quem
ou o maestro,
dessa orquestra cuja corda sou eu
cujo artista és tu
e nos a melodia...

que lá de longe, bem acima
o tempo levara,
espalhando-a.
peço de ti, menina
vontade e entrega;
aquilo no qual a paz está -
de estar em paz com si

a menina branca so junta
soma, multiplica, faz
aquele rima rica
amor, minha branca,
amor.
aquele que o vento nos deixou,
quando te carregou de mim...

lundi, août 24, 2009

ser a presa de passagem
num caminho vasto de
silencio.
volto sem asa,
casa,
dor ou coração.
Socorro, Arnaldo!
me explica
como sente,
me mostra como faz...
ser gente.

dimanche, août 09, 2009

a menina roxa morreu

E ela não passava de uma mulher, inconstante e borboleta como todas...
O que de sobrenatural carregava era um mistério que quando dito abocanhava e feria;
o que de beleza possuía era lavado a frias água e escorria pois afora;
o que de paciência induzia era um impulso que fora posto a congelar;
e de equilíbrio havia só o nome falso e farsa no sorriso,
uma boca fora que só trazia a presença de mil indícios.
Para que pecados muitos fora três zeros,
que de um tempo mudo ela caiu,
e falar destroça visões alheias...
Ela não passava de uma mulher, inconstante e borboleta como todas...
Que mudava e decepcionava, caía e suicidava
Andava nas mancadas de suas tentativas mornas
e sofria nas mentiras sinceras que não interessavam mais.
O que fazer quando a vista falha e o pulsar aumenta?
A atitude de um desejo latente de um vento forte na janela do quarto
são sons de carros mudos e roucos na rua que pudera possuir
Pudera ela possuir... Quisera ela possuir...
A menina preta virou, preta de coração, preta de dor
Ela morreu e revivê-la é parte incorporativa
A dolora da frustração inquieta os seres ao redor
Que não tem cor, não tem flor, são brancos, mas SÃO.
Ela nem é mais por conta deles...
Mas ela não passava de uma mulher, inconstante e borboleta como todas...
Nunca passou. Ela nunca passou.

jeudi, juillet 16, 2009

voo promocional vazio

, mas o beijo é rapido. é fast-food. Desejo escondido, sedução falsa. Comprei na promoção. Quero devolver mas não pode. E ele fala mas poderia ficar em silêncio. Deveria. Para só assim dizer mais. Gastar menos. Desaproveita-se a promoção e o ambiente não é propício. Agora sou eu quem não quer mais. Pra que ir? Devera eu ter ficado pra não sentir dor que nem remédio cura. Pra que pudesse ter mão de paz de alguém são. Ou qualquer coisa de intermédio. Voe-se e fale sozinho no mundo mágico de seu país das maravilhas. Ah, se sonho viesse por encomenda e tentasse de tudo... Aí eu tentava de tudo.

mercredi, juillet 15, 2009

a nova música que eu conheci

Eram seis da manhã. Estava num táxi. Eu precisava sumir, eu precisava estar lá. Aquele cenário mágico, aquela musica lenta; ondas dependentes carregavam a vida no seu caminho, traziam a monotonia e encantavam com a voz pura. Aquilo era real. Só aquilo, só ali. Um mundo explicado pelos vãos filósofos, pelos poetas embriagados, pelos sorrisos brejeiros de qualquer um que por aquele mar passasse naquele exato momento. Nuvem branca sem sardas... era fugitiva. Fugitiva de casa, do manto de explicações, da palavra em sua displicência. Eu só precisava mergulhar para ir... me envolver, descobrir, desbravar; mergulhei e a partir daí, fui.... estou lá.... em qualquer lugar lá... ... não cá.

hoje é meu dia de gente, hoje é proibido dormir

HOJE É AQUELE DIA. DIA DE QUERER FAZER TUDO MENOS ESTUDAR. DIA DE PENSAR NO MEU PRESENTE, LEMBRAR DO PASSADO E NÃO QUERER RESOLVER NADA. NÃO HÁ DOR O CORAÇÃO, TALVEZ SEJA POR CAUSA DO REMÉDIO, VAI SABER. NA REALIDADE AQUILO QUE ME OCORRE É SOMENTE FELICIDADE BARATA DE MAIS CEDO. VESTÍGIOS. SÃO ASSUNTOS DESCORRIDOS IMORALMENTE E OLHARES QUE ARRANCAM SIM, DESPENCAM AMORES E LEVANTAM FANTASIAS. ELE CONSEGUE ARRANCAR TODO O MEU PECADO AO ME TIRAR NUA EM SEU OLHAR PROFUNDO.
LEMBRO-ME DO MOMENTO QUE OLHO A SOLIDÃO QUE ME AFOGA DIANTE DE UM QUADRADO MESMO DE ISOLAMENTO. DENTRE VIDROS, VEJO A CIDADE DE CIMA, OS CARROS PASSANDO, LUZES ILUMINANDO SOBRIOS, UM MAR AO FUNDO. NÃO HÁ BARULHO, FALE BAIXO, SUSSURRE. SÃO SUSSURROS. SÃO IMAGENS DESPRETENSIOSAS QUE REFLETEM AMBIGUOS NO ESPELHO DO QUARTO. E HÁ DE SE CONVIR QUE DE MANEIRA BELA. O ENCANTAMENTO COM QUE OCORRE É ASSUSTADOR.
HÁ UMA LINHA CONVEXA DE AVALIAÇÃO. APRENDER AQUILO TUDO EM TRÊS MEROS SEGUNDOS PARECE O TEMPO DISPONÍVEL PARA A MATEMÁTICA. O TEMPO SUFICIENTE, O MÁXIMO, O QUE ELA MERECE. CONVÉM-SE. QUEM TEM Q.I. VAI. LEMINSKI. FIQUEI. IMORTAL E IMORAL NA SUBVERSIDADE DO SONO QUE INVADE AS PORTAS. A MESMA PREGUIÇA INSANA. NÃO HÁ SACIAÇÃO DE DESEJOS ENQUANTO SE OBSERVA PRISMA. NÃO HÁ O QUE SE AUSCULTAR. NUMEROS VAZIOS. É DE MATEMATICA MESMO QUE SE BASEIA A SOCIEDADE EM SUA CONTEMPORANEIDADE MORBIDAMENTE VAZIA. FRAQUEZAS FUGAZES E PRESSA. CALCULIZAÇÃO BURRA.
AQUILO QUE É AMOR TEM TRES SEGUNDOS E MEIO PARA SE MOBILIZAR.
O QUE NÃO, HÁ A VIDA.

lundi, juillet 13, 2009

eu

ouvidos
cansados
gritantes

são
ensurdecedores
panecetes

são
homens
mortos
fracos

perpetuarão
para
sem
pre

nessa
miserabilidade
sórdida

mercredi, juillet 01, 2009

ei Você

ei, vocÊ,
(para casos de
dúvidas)
parece
descascar
a máscara
dos
bons

fracasse
a
dos
ruins
assim
manter-los-ia
melhores
enfim

caso traga
luta
bom
melhor
?

esta
é a
solução:
digo
pois
amor
na
luta

na
gota

vermelha,
transparente.

que corre
não mata
mas dói.

não
fuja,
porque
belo
és
mesmo
nesse
momento.

acredite.

vendredi, juin 26, 2009

humano rosa

,a menina seguia em brancos. Tendenciava ao amor; mas nunca o quis nos mais puros reais. Traía seu desejos, os cortava mesmo ao meio por pudor. Temendo achar caminho, o fazia então pelas metades;
Rosa brincava de vida, na solidão da fuga, e era ferida por seu inacabado. No minguar da lua, desteticamente morta, pensava e construía a magia de seus projetos. Ela não comia carne.
Quase preenchida de morbidez que sórdido humano plantara escaladamente em alma sua. O humano Rosa. A alma preta da menina Rosa.
Querer-la-ia em seu inlúcido palco dos sonhos. Ela mesma a desejava intensa. Por isso, veemente construía cada passo de sua existência. Não no humano Rosa; jamais. Não haveria coragem.

atmosfera insólita

Personagem odioso
Falsa perfeita
Como pode alguém
Gostar de esconder
beleza?

São peças de um mesmo painel,
São seres de um mesmo lugar

Se ela queres a ti
Por que não pensas ficar?

A dúvida paira no ar
É longíqua a atmosfera que os divide
Sabedor, maldade, hermético
Devora por sobre sua etimologia
a ideia da superioridade.
Em sua fenomenológica ilogicidade,
mal sabe cuidar
de suas vibrissas
,

Se ela quer a ti auscultar
Por que não a deixas descobrir
O que em ti já se adormeceu
O inextricável mistério do Amor,
da dor que já não mata

Foi uma tarde sintomática,
um fascínio taciturno,
uma atmosfera insólita.

Ele foge às regras.

mercredi, juin 24, 2009

a sussurros...

Viajando em minha mente, eu estou na tua frente mas já não sinto você em mim, já não sinto você em lugar algum. à modo frio.
Que como admirável personagem entrou na intesidade da fraqueza com o poder da idade e o talento inerente. Enganou a cada órgão, destituiu minhas saídas; você quem me fez doente, foi você.
Quero então que sinta essa culpa. A culpa da dor. Da dor que sou eu. Não há nome. Não é somente sordidez humana.
Nesse momento. ainda o amo. Desta visão. agora não mais.
O laço é falso. E eu Gostaria de estar vestida.
Sou intensa, inteira e nada. Eu queria que você me enxergasse.
Mas não me despindo, tal é.

por si só, por ele só, só há só.

lundi, juin 22, 2009

Um dia já fui pele, já existi, mesmo que por uns segundos.
Era pureza, era prazer
Era vida e brilho arrebatador

Em universo onírico vive a menina nova
Resplandecendo agora por sua realidade soturna

Quase a quis, quase desisti
Apertei-me contra o peito
pra que eu pudesse sentir cada pedaço
daquilo que, pacificamente, se destroçava
dentro de mim.

Eu quero a vida, quero ela
Eu quero eu.

Sensações, momentos,
cargas opostas se atraindo na adversidade da vida
São pessoas, peles contrastantes
São vidas triviais
Almas disparatas
Queres amor, eu quero paz.
Queres mais, eu quero paz.
O que resta.

Eu quero aquilo que me resta.

mardi, juin 16, 2009

estou cega de mim

Máscara
aceita,
cara a cara,
coragem
farsa
fascinante.

Quero eu
vestida
dele.

Quero ele
dizendo
sim,
em face
a
ti

a face
de
mim.

lundi, juin 15, 2009

estou cega de mim

Pela primeira vez na vida caí-me de que sou completamente desequilibrada. Mas sou equilibrada. E muito. Vai ver é isso que me sufoca. Vai ver é por isso que estou doente.
Ando me sentindo fraca. Não por nada, juro. Mas fraca de vontade. Com muito medo. Medo de não conseguir. Temo entrar em meus vícios. Tenho medo de me afundar em minhas mágoas. Medo de parar pra pensar... Pensar que vou de encontro à casa, de encontro a elas, de encontro ao mundo. Pensar que no fim estou sozinha, cara a cara a mim, de frente a mais insólita das almas. Precipitação.
Daí Rio demais, falo demais, faço demais... Amo demais. Me envolvo. E aquele ali com quem me sinto bem, ele não dá porque é bom de mais pra mim. E tem aquele também que é bom de menos. A distância tá impedindo. O mundo, a idade, o caráter, o universo. Enfim... O que eu quero no momento é sempre aquele que ainda não conquistei. Olho, conheço, quero muito, desejo intensamente. Posso jurar que é amor. Mas não consigo. Ele sofre, eu também. Não dá. Não consigo mais ver.
Mas isso tem que mudar. Não quero ficar sozinha.
Não posso me permitir. Senão fico. E eu comigo, não.
Eu comigo... NÃO!



Talvez seja isso...
"sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você, ou apenas aquilo que eu queria ver em você,eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e, se era assim,até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que, no fundo, sempre no fundo,talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?"
Caio Fernando Abreu

samedi, juin 13, 2009

transformando o tédio em melodia...

Sexta à tarde. Nenhum veneno anti-monotonia.
A menina se despia lentamente, acompanhada de um amarelo forte que pouco a pouco se tornava azul, azul... Estava cansada após um dia sobrecarregado de intenso tédio. Era uma lavagem de alma.
Suas unhas alaranjadamente sienas, carregavam seu laço roxo. Ela girava a torneira com calma esperando que a água saísse, apalpando seu corpo nu. O banho naquele ambiente azulado era surrealmente carregado de magia.
O chuveiro a tocava audivelmente,e a doce menina replicava com o mais solene dos cantos. Mas é claro, pensamentos fluíam naquela mente impetuosa...
Jovem. Auscultava apenas novas realidades; obliterar antigos devaneios tolos naquele espaço onírico. Assegurada de sua nova capacitação, a menina resplandeceu. Dançou, dançou, dançou, balançou. Elevou-se a uma nova realidade ensurdecedora.

E dançou.

jeudi, juin 11, 2009

Pigs and Peppers

Où est ma chat?


"Isso depende muito de para onde você quer ir..."



Você me verá lá...
Bom que o estrago que faz a vida é curta pra ver.




hihihihi............

"quero as possibilidades. importante. impossível. improvável. ela não me pode mas ela quer morder a minha boca. na língua. feita da ponta do pé. dança."

day 'nd night (they and i)

They will never be able to understand my path.
They don't talk my language;
I'm so tired to be alone in my own place.

So,
I need him.
I need his image on my backyard,
I need his poems and his lips.

Trust me as I trust in everything that still rests to me,
as I believe in every second of my time,
in every beat of my heart
of my fragile heart.

lundi, juin 08, 2009

l'amour soturno por Marte

ah,
aquela alma freudiana perdura
porque flor nova
murcha ramé

esse novo amor
ausculta os novos mistérios
taciturna solidã
taciturno carinho

ensaiava um olhar,
um coração,
um modo
arrebatador
a bater
o coração

refugiava-se em memória
guardada em sua mesa
dentro de seu escrínio,
seu escrínio;
ele guarda sua vida.

a jovem descobre, porém,
que é inextricável
o desafio da vida
o entendimento do amor.

oblitera sua caixa
oblitera seu escrínio

para que posso começar,
para que possa amar.
métodos anti-conforto
entoa sua canção de vida
com as cordas de sua presença
marca os sonhos de menina
viva a sós com sua ausência

samedi, juin 06, 2009

doses baixas de pequenos amores

desastabilização
imaterial
paralela


inerciantes
dançando
na
lama

à
procura
do
paupérrimo
sutil

anti sistema

apure:
são

inopinadamente
homens

suspira

criaturas
intrás
emtrás

vem e trás.
em pequenas doses de Bacardi.

jeudi, juin 04, 2009

reculer pour mieux sauter

impressionante
a sutileza
de essências
inerentes à vida

elevo-me
a uma atmosfera
refugiadora
a que tanto
ensaiava

renegando
métodos débeis,
a fuga da apatia,
saindo
da
bolha

ver seu universo
com belas
lentes

conhecer
belas
mãos

padecer
por
não tê-las.

concomitantemente
aos meus
olhos fechados
sumindo,
inalar
ensurdecedoras
e complacentes
mãos
dos sonhos.

mão dos sonhos absorvida.
mãos que fortalecem...
mãos que me ensinaram,
essa dissipação
jamais
perdurará.


PS.
recuar
para
melhor
saltar

mercredi, juin 03, 2009

pra você mesmo....


primeiro esboço da pasta "EU?"

Ontem fui jantar com um amigo. Não sei né. De repente (...)

Foi estranho porque há tempos eu não me sentia tão perto do bem-estar. Quinta-feira à noite, alguém humano, filosofias baratas – outras que ninguém paga -, um drinque e eu. O triste foi ter se tornado tão simples o entendimento de toda minha tristeza, aquela que com ninguém consigo desvendar, aquela com quem aprendi a conviver mas mal conheço. Para mim foi completa frustração que ela se perdesse dentro de mim. Sendo eu sua dona, mal sabia controlá-la, outro alguém o fez por mim.
Mas ninguém achou até agora a solução para o... momento, o caminho. Estou sendo então, induzida à aceitação própria, a descobertas, a tentativas propensas à mais e mais frustrações. Tudo de que sempre fugi. Precisa sobrar vontade E força (!!!!) pra se jogar na vida, e não continuar adormecida. Ainda não sei se faço por mim, ou por ela, ou por eles todos. Por eles todos, provavelmente.
Enquanto isso... Vou voltar a escrever, porque essa revolta interna só me fará mais mal. Com certeza muita gente não gosta e a aceitação vai ser difícil, mas faço por mim. Meus textos serão agora diferentes pelo fato de que estou um pouco (muito!!) proibida de pensar demais. São então, apenas palavras que saem, voam. Não vou misturá-los.
Por enquanto esse texto é só meu, como mais 73 esboços guardados na pasta “EU?”.


são vômitos. quase esquecidos.
(não foi ONTEM.)

mardi, juin 02, 2009

clareia a minha vida, amor



no olhar...

ela não quer passar com a dor

olhos melancólicos, entristecedores, olhos que entorpecem.

momento de submissão.
ela belamente se torna arisca.
não quer passar por eles com a sua dor.
mágica atmosfera de um leito; inopinadamente fragmentária em fracasso e proteção.
se tornam um só. alma esverdeada.
mal sabe-se que quem protege, pensa.
sobriedade de consciência morta. morta. morta.
porém, com olhos móbeis.
pensantes e quase alheios ao que carrega.
com afeição.
braços condescendentes.

armas se aconchegando para
amar e sentir e pausar e sumir
.
.
.




diga que me ama, me queira, me afague..


não piercing, não.


complacência.

belo ser

"ganhar; o penta; se-d-es-prende-se; aos teus esporões; meros devaneios; folha pálida"

vive austero,
esmeradamente
isento
da luta

página
de um veículo
monocromaticamente
multi colorido

tu não sabes se perder
pra aprender
a me
amar

no infinito
mediante
sofrer

assim a
si
desvendar
pra que possa
belo
ser

belo
ser
.
.
.

cara estranha

Aquela era minha primeira corrida, a primeira prova. Me sentia tão capaz. Algum dia já fui tão resistente, forte; era o exemplo a ser seguido por minhas companheiras de ballet. Era só respirar fundo, construir determinação. A corrida começou e fomos arremessadas lá na frente, correndo em bom ritmo, quase atletas. Cinco minutos pareciam uma vida. Logo depois eu parei de correr e comecei a andar a passos largos. Minha respiração; só podia ser culpa dela. Tenho asma por esforço... E estou a quase um ano sem atividade física pela minha cirurgia. E meus remédios.
Essas tais doenças parecem terem sido inventadas mesmo para suprir nossas frustrações. Alguém precisa levar a culpa, mais uma vez. Eu não conseguia evoluir, porque meus últimos tempos foram de pura estagnação. Aquela famosa falta de vontade, e, por fim, a comodidade. Faltava só admitir.
Comecei a pensar... Estávamos quase em último, e aquilo me assustava. Quantas coisas tenho deixado de fazer temendo esse lugar? Finjo que não penso, fujo e não assumo, despretensiosa. É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão pro que há de vir... Me veio então à mente o vestibular, a preparação dos que estavam nas primeiras posições, tão bem preparados. Metáfora irônica. Pensei em desistir e engolir aquela derrota pessoal. Pensei e pensei. Na USP, na minha vida de escrita, no meu ballet e no meu Mistério. Metáfora irônica. Não posso desistir.
"Estamos na penúltima suplência, mas é só chegar de cabeça erguida, que no fim de tudo, ninguém se importa com quem passou em primeiro lugar ou em último. Conseguimos.", disse eu, brincando.Veio daí. Mais um descaso. Fraquejei, eu sei. Mas continuei e aquilo me deixou orgulhosa. Continuava a trotar, passava uns casais, umas jovens...
Chegamos, diga-se de passagem até num tempo razoável. 10km, 1h e 3min.
Foi uma vitória e, mais que isso, um balde de percepção interior.
A conclusão desse miraculoso espetáculo metafórico da vida foi...

Já está na hora de levantar e ir se vestir.

dimanche, mai 31, 2009

01:01

Receber aquele livro me deixou subliminar... Me concentro nos olhos fixos (?) de Fernando. Analiso seu rosto instigando o esmo, testa pretuberante, vazio facial, morbidez encharcada de serenidade. Passo rapidamente meus dedos por todas as páginas e abro esmeirando a doce escolha de minhas próprias mãos. Entorpeço-me a cada leitura tentando desvendar o pensamento fatalístico daquele autor. De cada um dele. Naquele momento, não hão de haver meros devaneios tolos a me torturar.
Aquele rosto manchado na capa me faz esquecer de seu inimigo. Seu "inimigo-fã". É contra, mas confia e vê nele até uma chance. Uma chance de conquistar, de não comedir e descobrir o amor. Quanta presunção... Mas o inimigo fez refletir porque agora eu já sonho bem, apesar de continuar não dormida. Você, Contra, arranjou a Terceira Perna de que precisava pra me fazer entender suas insônias...

EPITÁFIO DESCONHECIDO

"Por mais que a alma ande no amplo enorme,
A ti, seu lar anterior, do fundo
Da emoção regressa, ó Cristo, e dorme
Nos braços cujo amor é o fim do mundo."

Fernando Pessoa

(Marca passo: VIO LÊN CIA
livro especial. devo até escrever sobre sua existência ainda.)

samedi, mai 30, 2009

são qualquer coisa de intermédio



Minhas unhas laranjas tocam o espectro prata negróide do teclado e entram em sintonia. Olho suas imagens... Enxergo um Tio Sam em cima dos dois mundos... ê palhaçada. O Corbis é o máximo. Fiquei então atenta à redação que não fiz. Uma crítica de filme americano, um gordinho, muitos jovens, muitas armas e psicopatia. Tiros em Columbine.

Assim que vi a imagem, a legenda, o Tio Sam - aliás, não consigo não pensar que ele é o máximo ao olhá-lo - pensei que minha tese para a questão central do filme estava ali mais que pronta. Entregue a mim. É mais uma vez um teste rápido e simples.
A mim parece tão óbvio o quanto os americanos simplesmente matam mais por consequência daquele sorriso brejeiro de gente astuta do símbolo de seu país. Tio Sam. Aquele olhar marejado, de quem já tem tudo pronto, "dominamos". Eles dominaram. Cada ser daquele domina ao outro com as armas e insanidade incabível que cabe somente a cada ser daquele.

A morte dos Estados Unidos é diferente da morte brasileira. É morte seca, não há batalha, não há vingança, nem sentimento. É uma psicopática isenção de tudo. De alma à priório, mas também de vontades, até prazeres. Não há saciação alguma naqueles pobres indivíduos que matam aos outros para depois matarem a si próprios. Pobres coitados.


É Tio Sam, pura dominação. Vocês conseguiram. Dominaram sua gente, os fizeram autômatos, mas não foram capazes de saciar sua falta. Povo maçante. Falta de vontade de mudar.
Aqueles meninos de Columbine. Eles conseguiram. Dominaram o mundo. Ganharam um filme. Fizeram história. Eles dominaram.
O velho cavalo era lento demais para eles....

vendredi, mai 29, 2009

a cigana, a barata e ela

andar. andar. sentir. Aquele momento ante ela parecia ainda abstrato. Como ela sonhara. Sonho bobo, coisa pequena, posso jurar. Café numa segunda à tarde. Solidão. Clarice. Doce Solidão... Cada íngreme fato quase que se materializa em sua frente. Ela parece mesmo enxergar as baratas que sente em seu livro. Não as baratas, mas as baratas. Ela enxerga, ela sente. Pára. Sente.
Sente seu rosto, sua anteninhas batendo levemente em seus dedos tortos. Entorpecida, a menina cigana com uns olhos quase fechados por excelência, indaga-se o seu "não-medo" delas. As baratas. Elas são eternas, e fortes, e temidas. Fraquejam com certeza. Como ela. Como ele. Mas são fortes.
*angústia nessa parte da estória. angústia com a minúsculo. Minha psicóloga manda eu parar. Escrevo para ela para que ela tente sentir minha existência e curar minhas angústias. Pobres médicos. Não conto tudo a eles. Temo ser curada. Isso pode me matar antes da hora, vê-se pois. Deixe-me aqui, angustiada, até mesmo sem saber de quê, mas sob controle. Não obsoleta. Sob o meu controle descontrole.
Peço até que não me contem mais da tal digmastia... Aprendi a conviver, nem quero mais desvendar. E a incabível devoração de lágrimas e decepações de noites já me enjoou. Não tem mais graça. Cansei e decidi que não quero mais. A matei então. Não a barata. Não a menina. Não a cigana. A aula. Saí e tentei reparar em algo que não foi reparado.
- Eu não - preciso mais. Muitos me reparam por mim. Eles, os médicos. Me reparam toda terça, quintas e sábados. Meus pais me reparam toda noite. meus colegas, com VÊ minúsculo, bem às vezes. MEU mistério. Esse me repara sempre... é mágico.
Andei às ruas. Pensava em ver alguém. Des-pensa pensamentos. Lia coisas, via revistas. "Emagrecer pode ser uma delícia". Pura besteira, só besteira, muita besteira. Banalização total da besteira. Ainda bem que ela chegou. Ah, ela foi a única capaz de me acender esse dia. Acendeu até minha semana. Preciosa...
Jornalista, Londres, um noivo, ator, um cozinheiro, excêntrico, ingleses em inglês, um romance. Preciosa. Obliterando o ar. Ela obliterava a vida.

quase real

passado passou
passageiro
ligeiro.
brincou,
palhaçou ,
com seu passageiros.


foi quase um beijo,
quase natural
autômato incrédulo
somando-se à sombra



a sombra da personificação.
a personificação da sombra.
que quase viveu,
ela quase viveu.

lundi, mai 25, 2009

Silêncio
... preciso morrer.
já morri algumas vezes.
às vezes é preciso morrer pra viver...
ando com saudades de Deus!


(Clarice Lispector)
"Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.

Para viver a dois,
antes, é
necessário ser um."

Fernando

lundi, mai 04, 2009

uma boa invenção

é uma boa invenção,

cheia de erros
metamorfoses e
anonimatos famosos

é uma boa invenção,

cheia de dúvidas,
incertezas.
carregada de emoção

tem de presente uma vida,
três lágrimas
e 17 hienas famintas

tem de presente uma flor
três laços
e vinte dias

vinte dias mentirosos.
calorosos, ultimatos, encenados, atrasados, apressados, inventados, cantados, dançados, chorados.

vinte dias mentirosos...

M E D O

Vaza... em palavras pegando fogo.

quem dera fosse de amor

mão, pele.
pele, mão.
toque, sutileza,
até gentileza.

sim, ficou marcado.
mas a primeira
experiência
é muito,
mas muito mais
dolorosa que imaginava
a esperançosa
experiência branda
da menina jovem.

quem dera fosse de amor
a dor de amor
é dor mantida cega.

a dor do medo,
a dor da subordinação ,
da doença
é que destrói
cada toque
de um amor que,
este assim,
a fora arrancado do peito.

vendredi, mai 01, 2009

Vaza.. em palavras mornas.

jeudi, avril 30, 2009

desabotoado

notei-me da forma mais notável possível

quão grande é a especialidade daquilo que recebo

talvez tão mais abstrato que a surrealidade

o girassol se põe toda noite

na companhia daquela linda estrela que gira

ace o girassol tem maior poder do que o que nos ilumina

ace o carinho de todo homem se expressasse na cordialidade


fecho-me a noite, fica dificil

como que brocha deixando exposto o fracasso (?)

um fracasso que põe obras fora

o fracasso da madrugada

o fracasso do impulso, do silencio e do barulho

da madrugada que sempre reluz em muito movimento

ou num esmo que instiga


mas todo dia de manhã vem com toda sua energia

vem com todo o brilho

aquele capaz de se ofuscar pelas nuvens sombrias

mas que jamais some

é aquele renascimento diário

o desafio do ser vivo - que não possui botão

haja força.

só vejo o mundo na desfalência das flores

tão amarelas, tao verdes, tão amarelas

talvez interessaria deixar um legado

mas não haveria condicionamento;

talvez o tempo acabe

sabe-se lá quando vai-se brochar o mais puro

dos arranjos girassolando para fora

buscando a magicidade em uma cidade além

suas batidas me lembram do tempo correndo

corre na velocidade da luz buscando salvaçao

corre mesmo pelo mundo à procura de opçao

ó, meu coração falido, presente na vulnerabilidade

no mais vulnerável dos seres miseráveis da terra miserável

de um ser vulnerável mais forte e sereno

levar a serenidade à frente impaga o terreno

e escrever tão astituciosamente me assusta astuta

talvez haja condicionamento para deixar um legado:

esse legado.

talvez o tempo acabe.



vence eu ou eles?


tudo,
por tudo ser
pode ser tudo
e nada-se

ou a coexistência
da realidade abstrata
de um mágico

antes sem chapéu
agora já
sem calças
que quando eu passo
você me pede
uma dose da dor

dividir o infinito
é um problema matemático
infinitamente complexo

mercredi, avril 29, 2009

Sabe-se lá o que me faz escrever assim. A impressão é tanta de que apenas o impulso me move... Na realidade, friamente, mais a vida alheia do que a minha própria me motiva. É como se eu vivesse vendo tudo de dentro de um vidro. A questão é que dá pra olhar também o que acontece dentro do vidro, e parece que aquele boneca, aparentemente inatingível e sem defeitos, é mais facilmente perturbada que a maioria quando se encontra naquele cenário vazio. Precisa transbordar certas horas.
Vaza... Em palavras mornas.

abrindo o mais novo caderno

foi que eu descobri

antigamente eu era eterno