mardi, février 15, 2011

sobre o movimento

Uma fotografia. Cenário perfeito. Único espaço ensolarado, dando vida àquele gelo. Táxi amarelo, desses cor mostarda que lembram Inglaterra, um pombo curioso. Poesia, sentimento. Aquelas imagens cruzavam-se, encaixando. Pegava minha câmera. Tarde demais, o pombo voara. Bom fotógrafo aquele que, não só possui a percepção, também está sempre preparado. Acabou. Deu-se fim à poesia, àquele cenário mágico. Mais a frente um novo canto de sol, um táxi, um pombo. Não adiantava. O olhar do pombo já não me era o mesmo, o ângulo com que os raios chegavam à rua não encantava. Arte não se repete.

O texto que se fazia em minha mente durante o ônibus de antes era mais real e poético. Faltou papel e caneta.