jeudi, avril 30, 2009

desabotoado

notei-me da forma mais notável possível

quão grande é a especialidade daquilo que recebo

talvez tão mais abstrato que a surrealidade

o girassol se põe toda noite

na companhia daquela linda estrela que gira

ace o girassol tem maior poder do que o que nos ilumina

ace o carinho de todo homem se expressasse na cordialidade


fecho-me a noite, fica dificil

como que brocha deixando exposto o fracasso (?)

um fracasso que põe obras fora

o fracasso da madrugada

o fracasso do impulso, do silencio e do barulho

da madrugada que sempre reluz em muito movimento

ou num esmo que instiga


mas todo dia de manhã vem com toda sua energia

vem com todo o brilho

aquele capaz de se ofuscar pelas nuvens sombrias

mas que jamais some

é aquele renascimento diário

o desafio do ser vivo - que não possui botão

haja força.

só vejo o mundo na desfalência das flores

tão amarelas, tao verdes, tão amarelas

talvez interessaria deixar um legado

mas não haveria condicionamento;

talvez o tempo acabe

sabe-se lá quando vai-se brochar o mais puro

dos arranjos girassolando para fora

buscando a magicidade em uma cidade além

suas batidas me lembram do tempo correndo

corre na velocidade da luz buscando salvaçao

corre mesmo pelo mundo à procura de opçao

ó, meu coração falido, presente na vulnerabilidade

no mais vulnerável dos seres miseráveis da terra miserável

de um ser vulnerável mais forte e sereno

levar a serenidade à frente impaga o terreno

e escrever tão astituciosamente me assusta astuta

talvez haja condicionamento para deixar um legado:

esse legado.

talvez o tempo acabe.



vence eu ou eles?


tudo,
por tudo ser
pode ser tudo
e nada-se

ou a coexistência
da realidade abstrata
de um mágico

antes sem chapéu
agora já
sem calças
que quando eu passo
você me pede
uma dose da dor

dividir o infinito
é um problema matemático
infinitamente complexo

mercredi, avril 29, 2009

Sabe-se lá o que me faz escrever assim. A impressão é tanta de que apenas o impulso me move... Na realidade, friamente, mais a vida alheia do que a minha própria me motiva. É como se eu vivesse vendo tudo de dentro de um vidro. A questão é que dá pra olhar também o que acontece dentro do vidro, e parece que aquele boneca, aparentemente inatingível e sem defeitos, é mais facilmente perturbada que a maioria quando se encontra naquele cenário vazio. Precisa transbordar certas horas.
Vaza... Em palavras mornas.

abrindo o mais novo caderno

foi que eu descobri

antigamente eu era eterno