
"Ela não tem amigos. Vive de rascunhar roteiros de um filme com final infeliz. Seus amores são cenas mal cortadas, seus atores se vestem mal e declarações pessoais não passam de diálogos sem improviso. Ela não tem ninguém. Suas poesias andam sem rima, sua música ficou instrumental e suas crônicas são sobre o impossível. Largou o cigarro e isso a tornou mais chata do que a própria ignorância que ela mesmo estabeleceu por querer amar demais. Como se ignorância fosse amor. Pudera, quem vive de cinema escolhe a sua própria tragédia. E a dela foi ser incompreensível como mulher. Ou uma doméstica de pornochanchada."
Marcelo Mayer
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