dimanche, mai 31, 2009
01:01
Aquele rosto manchado na capa me faz esquecer de seu inimigo. Seu "inimigo-fã". É contra, mas confia e vê nele até uma chance. Uma chance de conquistar, de não comedir e descobrir o amor. Quanta presunção... Mas o inimigo fez refletir porque agora eu já sonho bem, apesar de continuar não dormida. Você, Contra, arranjou a Terceira Perna de que precisava pra me fazer entender suas insônias...
EPITÁFIO DESCONHECIDO
A ti, seu lar anterior, do fundo
Da emoção regressa, ó Cristo, e dorme
Nos braços cujo amor é o fim do mundo."
Fernando Pessoa
(Marca passo: VIO LÊN CIA
livro especial. devo até escrever sobre sua existência ainda.)
samedi, mai 30, 2009
são qualquer coisa de intermédio

vendredi, mai 29, 2009
a cigana, a barata e ela
andar. andar. sentir. Aquele momento ante ela parecia ainda abstrato. Como ela sonhara. Sonho bobo, coisa pequena, posso jurar. Café numa segunda à tarde. Solidão. Clarice. Doce Solidão... Cada íngreme fato quase que se materializa em sua frente. Ela parece mesmo enxergar as baratas que sente em seu livro. Não as baratas, mas as baratas. Ela enxerga, ela sente. Pára. Sente.
Sente seu rosto, sua anteninhas batendo levemente em seus dedos tortos. Entorpecida, a menina cigana com uns olhos quase fechados por excelência, indaga-se o seu "não-medo" delas. As baratas. Elas são eternas, e fortes, e temidas. Fraquejam com certeza. Como ela. Como ele. Mas são fortes.
*angústia nessa parte da estória. angústia com a minúsculo. Minha psicóloga manda eu parar. Escrevo para ela para que ela tente sentir minha existência e curar minhas angústias. Pobres médicos. Não conto tudo a eles. Temo ser curada. Isso pode me matar antes da hora, vê-se pois. Deixe-me aqui, angustiada, até mesmo sem saber de quê, mas sob controle. Não obsoleta. Sob o meu controle descontrole.
Peço até que não me contem mais da tal digmastia... Aprendi a conviver, nem quero mais desvendar. E a incabível devoração de lágrimas e decepações de noites já me enjoou. Não tem mais graça. Cansei e decidi que não quero mais. A matei então. Não a barata. Não a menina. Não a cigana. A aula. Saí e tentei reparar em algo que não foi reparado.
- Eu não - preciso mais. Muitos me reparam por mim. Eles, os médicos. Me reparam toda terça, quintas e sábados. Meus pais me reparam toda noite. meus colegas, com VÊ minúsculo, bem às vezes. MEU mistério. Esse me repara sempre... é mágico.
Andei às ruas. Pensava em ver alguém. Des-pensa pensamentos. Lia coisas, via revistas. "Emagrecer pode ser uma delícia". Pura besteira, só besteira, muita besteira. Banalização total da besteira. Ainda bem que ela chegou. Ah, ela foi a única capaz de me acender esse dia. Acendeu até minha semana. Preciosa...
Jornalista, Londres, um noivo, ator, um cozinheiro, excêntrico, ingleses em inglês, um romance. Preciosa. Obliterando o ar. Ela obliterava a vida.
quase real
passageiro
ligeiro.
brincou,
palhaçou ,
com seu passageiros.
foi quase um beijo,
quase natural
autômato incrédulo
somando-se à sombra
a sombra da personificação.
a personificação da sombra.
que quase viveu,
ela quase viveu.
lundi, mai 25, 2009
lundi, mai 04, 2009
uma boa invenção
cheia de erros
metamorfoses e
anonimatos famosos
é uma boa invenção,
cheia de dúvidas,
incertezas.
carregada de emoção
tem de presente uma vida,
três lágrimas
e 17 hienas famintas
tem de presente uma flor
três laços
e vinte dias
vinte dias mentirosos.
calorosos, ultimatos, encenados, atrasados, apressados, inventados, cantados, dançados, chorados.
vinte dias mentirosos...
quem dera fosse de amor
pele, mão.
toque, sutileza,
até gentileza.
sim, ficou marcado.
mas a primeira
experiência
é muito,
mas muito mais
dolorosa que imaginava
a esperançosa
experiência branda
da menina jovem.
quem dera fosse de amor
a dor de amor
é dor mantida cega.
a dor do medo,
a dor da subordinação ,
da doença
é que destrói
cada toque
de um amor que,
este assim,
a fora arrancado do peito.